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Tente lembrar de uma situação parecida com essa:  você está seu local de trabalho e ouve alguém dizer “que dia lindo e ensolarado!” e tão logo outro diz “ensolarado? esse calor está insuportável!”. Há quem veja “o copo meio cheio” sempre, e àqueles que fazem papel de vítima sempre verá “o copo meio vazio” - essa atitude negativa chamamos de vitimização.

A vitimização laboral está ligada àquele funcionário que só se lamenta no ambiente de trabalho não contribuindo para um clima organizacional sadio e agradável. Pessoas que desejam ser motivo de autocompaixão ou vitimização apresentam atitudes tóxicas não só pela energia negativa que cria também para os outros mas também essa atitude representa um pensamento negativo vindo da sensação que o mundo está contra ela – síndrome de Hardy. Para quem não conhece, Hardy (personagem de um desenho animado dos anos 60) é uma hiena que, ao contrário das demais, não ri – o pior é extremamente pessimista – tanto que possui jargões como: “isso não vai dar certo”, “oh vida, oh céus, oh azar”.

 A síndrome de Hardy é prejudicial à organização por interferir no clima organizacional e pior ainda se acontece entre membros de uma mesma equipe de trabalho. Engana-se quem pensa que isso acontece apenas no ambiente de trabalho. Isso acontece em nosso dia a dia com pessoas ao nosso redor – e quiçá conosco.

Essa postura não é somente de que está empregado, mas muitas pessoas desempregadas têm desenvolvido esse comportamento. Por diversas razões: seja lamentação por empregos ofertando salário menor do que pensam que valem, seja por não achar um emprego se segunda à sexta, seja por não terem qualificação para aquela vaga que está oferecendo o salário dos sonhos. Gosto de lembrar de uma frase que diz: “quem quer arruma um jeito, quem não quer arruma uma desculpa”. É exatamente isto que tenho percebido ao ver algumas pessoas conversando preocupadas com a situação econômica desfavorável – algumas ainda empregadas e outras em busca de uma recolocação. O choque da realidade é grande, mas o que as pessoas tem feito para contornar essas situações? De que forma tem agido à favor de si mesmas? Para quem está “na ativa” a dica é desenvolver habilidades extras, ser polivalente na organização em que trabalha, ter atitudes positivas em meio à crise ajudando na redução de custos, ser criativo para promover novos rumos com menos perdas; tudo isso além de benéfico para a empresa será benéfico à você enquanto profissional – em ascensão. Já para as pessoas que estão da outra ponta, as que estão desempregadas, o conselho é o mesmo: atitude positiva...para com você! Existem casos extremos onde se faz necessário levar o sustento para a família e neste caso muitas pessoas optam por qualquer trabalho que apareça – por força maior. Mas outras que não possuem a responsabilidade principal do sustento, tem se vitimizado por buscarem o melhor emprego e não conseguir. Aqui vale uma dica e um “puxão de orelha”! A dica: muitas instituições, inclusive fora do país promovem cursos on line, com certificado, e totalmente gratuitos. O puxão de orelha: não faz quem não quer! Logicamente temos as pessoas que realmente não possuem acesso à internet, mas é uma parcela muito pequena se comparado à milhares de outras que já tem – para quem não tem, vale até o wi-fi do vizinho (segundo o IBGE, 96 milhões de pessoas têm acesso à internet, ou seja acessam de casa ou local de trabalho). Tempos modernos de redes sociais, aplicativos engraçados e jogos inimagináveis...para tudo isso é necessário estar “conectado”. Incrivelmente para fazer cursos on line gratuitos também!

Então qual será a desculpa para não desenvolver novos conhecimentos? Não se vitimize! O mundo corporativo não perdoa quem arruma desculpas. Deixe de ser vítima das circunstâncias e seja o protagonista de sua história de sucesso. Se você quer algo em sua vida, em qualquer área, arrume um jeito; levante e vá atrás do seu melhor. Aliás se não o fizer, ninguém o fará por você.  ​

Vitimização Corporativa: a Síndrome de Hardy no ambiente de trabalho
24/08/2016
Colunista: Salita Marchette
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